Filosofia
jurídica é a disciplina mais
interessante do semestre, sem dúvidas! É interessante notar que a maioria dos
filósofos tenta encontrar um parâmetro objetivo para “justiça” e “direito” – E essa busca continua até os
dias de hoje! -. Sócrates foi um deles. Ele era conhecido como um sofista, ou seja, era visto
como um sábio que detinha a sabedoria.
Hoje, os
sofistas são vistos de outra forma e até mesmo como estelionatários, já que
tudo era relativo para tal grupo. Para eles, “a verdade
é que não existe verdade”; “a verdade é produzida por meio da retórica, por aqueles que detêm
e estudam o poder da palavra”. Dessa forma, quem convence, tem a razão e chega à verdade.
Apesar de
Sócrates ser um sofista, ele criticava o grupo. Ele desenvolveu um método de
argumentação conhecido como Método
Socrático que foi dividido em duas partes para fins pedagógicos. Na primeira
parte, chamada de (1) ironia,
o locutor deve eliminar a doxa por meio da dialética (perguntas e respostas).
Nesse momento, o foco é fazer o receptor reconhecer que só há opinião (doxa) e não conhecimento sobre determinado assunto. Para
Sócrates, o conhecimento não pode ser transmitido/aprendido,
ele deve ser descoberto.
(!)
A segunda
parte do Método Socrático é a (2)
maiêutica, em que se visa chegar à episteme (conhecimento). A palavra maiêutica
pode ser entendida como “a arte do parto”, e era exatamente o que Sócrates
fazia nessa parte: um parto de
ideias (eidos) por um
processo dialético.
O
JULGAMENTO DE SÓCRATES
Sócrates
ridicularizou muitas pessoas na ágora, muitas pessoas importantes na época. Por
conta disso, foi condenado à pena
de morte. Alguns de seus discípulos tentam convencê-lo a se defender arduamente, já que era um grande orador, mas ele não o faz de
forma certeira. Também, há a
tentativa de convencê-lo a fugir,
mas Sócrates não o faz e deixa a lição mais importante para o Direito: “Só é
possível chegar à justiça pelo respeito às leis”. Isso, é claro, não significa que todas as leis sejam
justas, mas, a segurança
jurídica está no cumprimento
fiel das leis. Sendo assim, Sócrates é morto, mas também consegue chegar à um
parâmetro para justiça.
Sócrates, quando foi julgado, nem se quer considerava aquele tribunal justo para fazer justiça
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